Aos 42 anos e mais uma vez envolvido em polêmicas, já está mais do que na hora de Romário dizer adeus aos gramados. Com uma carreira brilhante e, para muitos, o melhor homem de área da história do futebol, a única coisa que o Baixinho está conseguindo ao se manter em atividade é acumular discussões, colocar em risco antigas parcerias do futebol e virar motivo de chacota por parte da torcida (veja foto).
Flagrado recentemente no exame antidoping e condenado a ficar 120 dias sem jogar futebol, Romário acabou sendo absolvido na última quinta feira. Pra mim, existe apenas um motivo pra o veredicto final do julgamento: o réu. A substância encontrada no exame é a finasterida, utilizada para mascarar os vestígios de outras substâncias no corpo dos atletas. Não que eu não acredite que a finasterida tenha sido ingerida por Romário através de um remédio para queda de cabelo. O que eu não posso aceitar é que o tratamento pro Baixinho seja diferente simplesmente por ele ser quem é. Dois meses antes do jogo em que o atacante-técnico foi pego no exame, o jogador Marcão, do Internacional, também foi flagrado com a mesma substância na urina. Também alegando que a finasterida foi ingerida através de remédios contra queda de cabelo, ele foi condenado aos mesmos 120 dias de suspensão.Contudo,dessa vez, não houve apelação.
Ao comentar o assunto com torcedores iguais a mim, alguns chegaram a me dizer que o bom senso foi o que fez Romário ser absolvido no caso. Um cara de 42 anos, que já está se despedindo do futebol (!), ídolo nacional não precisa aprender mais nenhuma lição com suspensões. Pois é. Sob esse argumento eu reflito: então, para que servem as leis? O STJD, mais uma vez, mostra que é uma instituição que não merece o nosso respeito. Não digo isso apenas pelo tratamento diferente dispensado ao Romário, pois poderia ficar aqui citando vários casos recentes do nosso futebol onde as leis não foram efetivadas. Acredito até que, em situações como a de Romário e Marcão, seria razoável uma diminuição da pena. O que me deixa mais aborrecido é o fato da diferença dos veredictos em dois casos idênticos. As leis estão aí para serem cumpridas, independente de quem senta no banco dos réus.
Além da polêmica do doping, recentemente Romário se irritou com a atitude de Eurico Miranda, ao querer dar palpite na escalação do time do Vasco. De fato, o técnico era ele e quem decide a escalação do time é ele. Se Eurico tivesse tido a honradez de chegar até o Baixinho e dito diretamente a ele que havia observadores do Paris Saint Germain no estádio de olho no Alan Kardec,duvido que Romário se colocasse contra o pedido do presidente. Contudo, isso não aconteceu. Neste caso, um profissional que se preze, teria duas atitudes a tomar: arrumar suas coisas, ir embora e botar a boca no trombone ou resolver tudo dentro de casa, em uma conversa a portas fechadas com o presidente do clube (atitude essa que me parecia muito mais sensata, tendo em vista a relação de amizade que os dois pivôs do conflito dizem ter). Contudo, nenhuma dessas atitudes foi tomada. O que Romário está fazendo, junto principalmente com o espetaculoso Kléber Leite, é vergonhoso. Com a desculpa da polêmica, Romário praticamente se pôs a leilão. Quem o arrematar, leva de quebra um jogo de despedida onde o principal foco será ele mesmo, seja pelo Vasco ou pelo Flamengo. Por favor Baixinho... Você não precisa disso.
Com tudo isso, fico eu aqui pensando qual será a próxima surpresa que Romário aprontará. Acho que o melhor mesmo pra ele é arrumar suas coisas, dar tchau pra todo mundo e ir jogar seu futevôlei na praia, que ele tanto gosta.
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