
Além do torneio do segundo semestre, ainda temos a Copa do Brasil. Quem diria que, depois de cair para a segunda divisão com uma campanha vergonhosa no ano passado, o Corinthians mostraria forças suficientes para se reerguer tão rápido e chegar tão perto de conquistar uma vaga para a Libertadores? E o Sport também. Como sempre, no começo do ano ninguém aposta em um time do nordeste como força em qualquer competição de nível nacional. Quando chega é surpresa. É verdade que as finanças da equipe pernambucana pode não ter as mesmas cifras que a do São Paulo, por exemplo, mas a organização e o profissionalismo não deixam nada a desejar. A única exceção entre os grandes do Nordeste me parece ser o Bahia, onde a corrupção e o paternalismo parecem imperar. Mas isso é outro papo...

O futebol nordestino, aliás, tem dado muitas alegrias aos seus torcedores. Apesar da confusão dos Aflitos, que envolveu fatores que fogem ao controle do alvi-rubro, o Náutico bateu com sobras o todo poderoso Botafogo, que a mídia esportiva coloca como grande favorito mesmo sem ter ganhado nada desde 1995, quando foi campeão brasileiro. O Vitória, acabou de voltar para a Série A e ainda está em fase de adaptação, mas já mostrou que não vai ser saco de pancadas de ninguém. E o Sport nem se fala.
Essa elevação do futebol nordestino, meio ofuscada pela mídia nacional, vem aí pra equilibrar ainda mais o futebol brasileiro. Dentre aqueles 17 campeões brasileiros citados lá em cima, apenas o Sport, em 1987 e o Bahia no ano seguinte trouxeram o título para a região. Este ano o renascimento de equipes como os rubro negros pernambucano e baiano e do Náutico, na série A, e Fortaleza na série B, deve acirrar mais ainda o equilíbrio do futebol brasileiro e somar mais algumas forças aos todo poderosos sudestinos e sulistas. A minha aposta é que, este ano, o tricolor cearense volte mais uma vez a jogar a primeira divisão e que, depois do término das finais da Copa do Brasil, o Sport se junte ao Náutico na ponta de cima da tabela da Série A e, quem sabe, traga pela terceira vez na história o caneco pra cá.

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