Pra quem lê os comentários que aqui já foram feitos pelos nossos assíduos leitores, já não é mais segredo o time para qual eu torço. Mas quero deixar aqui bem claro que meu sentimento de torcedor influenciou sim, mas há muito que já venho refletindo sobre o assunto arbitragem e ontem foi apenas o estopim para o que vou dizer logo abaixo.
Sinceramente, não acredito que o quem vem acontecendo com a arbitragem no Brasil seja consequência da falta de caráter dos juízes que andam por aí. Se não é esse o motivo das lambanças que vem acontecendo Brasil afora, só posso acreditar na incompetência, na falta de preparo e, até mesmo, na burrice de quem faz a escala dos árbitros, afinal de contas, colocar Sálvio Espínola pra o clássico de ontem entre Corinthians e Santos só pode ser burrice.
Tá certo. Entendo que todo mundo erra. Contudo, quando qualquer profissional erra e compromete o produto final do seu trabalho, ele é punido. Aqui no Brasil, o que acontece é uma complascência quase absoluta com os árbitros por parte das Federações e da CBF. Se para os jogadores existem punições como "ato hostil", por que entre os juízes não existe uma punição para pênaltis não marcados, por exemplo? Enquanto as coisas não saírem das discussões em estúpidas mesas redondas, como as do "Jogo Aberto", da BAND, os resultados dos jogos continuarão a serem alterados e a credibilidade dos nossos campeonatos serão sempre colocadas em dúvida.
Na minha opinião, a final da taça Guanabara foi como foi graças a arbitragem. Na opinião de todos, o resultado de ontem, que pode comprometer a classificação do Corinthians, foi alterado pelo árbitro. Até mesmo aqui na Bahia o Juazeiro atribui seu rebaixamento para a série B do estadual à arbitragem. Em uma simulação inédita feita pelo site www.futebolbaiano.net, todas as partidas que tiveram o resultado alterado por equívocos dos juízes foram ajustadas, supondo o resultado sem a mãozinha da arbitragem. De fato, o Juazeiro estaria fora da degola. Em uma situação como esta, eu me pergunto como devem se sentir os jogadores do alvi-verde baiano, assim como muitas pessoas vieram me perguntar como deviam estar se sentindo os torcedores do Internacional em 2005, para citar apenas esses dois exemplos.
O que me deixa ainda mais preocupado é a passividade dos "beneficiados" pelos equívocos. Um dos maiores protestantes contra a arbitragem brasileira, o técnico santista Emerson Leão, só se manifesta quando se julga prejudicado. Ontem os erros foram evidentes e escandalosos e, em sua entrevista coletiva, Leão falava em "dia de agradecimentos" e de "milagre da multiplicação dos pontos". Nada de arbitragem. Se ele tivesse mesmo caráter e quisesse o melhor para o futebol brasileiro, criticaria o Sálvio, mesmo ele tendo sido o melhor jogador santista em campo. Infelizmente, Leão não se constitui em uma exceção, mas sim, na regra.
quinta-feira, 27 de março de 2008
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2 comentários:
Obrigado, Daniel, por escalar o voudekombi nos seus favoritos.
Também linkei o Molhando a Camisa no meu blog.
Abraço.
Tudo bem, daniel. Legal, o seu blog. Vou colocar um link lá no meu. Me fala do Atlético de Alagoinhas, o meu time na Bahia.
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