Confesso. Estive mesmo sem tempo pra aparecer por aqui durante esta semana. Estava meio ocupado cuidando da relação existentes entre os fenômenos culturais e a comunicação e da fenomenologia da linguagem. Ócios do ofício.
Enfim... O assunto que estava em pauta no começo da semana era, obviamente, o Palmeiras e toda a problemática do spray de pimenta e do apagão mais conveniente do futebol nos últimos tempos. Devido aos meus problemas acadêmicos, o assunto expirou e seria mais legal falar da preparação do Verdão pra final do próximo final de semana do que das polêmicas da semifinal que já passou.
Por isso, hoje, vou abrir uma brecha para o futebol internacional. Óbvio que não é surpresa pra ninguém que o nível técnico do futebol europeu é bem superior ao nosso aguerrido e faltoso baba latino americano. Mesmo sabendo disso, ainda fico surpreso com a capacidade de certas partidas do velho mundo tornarem-se eletrizantes mesmo sem um gol sequer. Depois do jogo entre Barcelona e Manchester pela semifinal da Liga dos Campeões hoje, fiquei na dúvida se o gol é mesmo o que mais importa em um jogo de futebol. Caneta, chapéu, chutes precisos, inversões de jogo milimétricas. Até o pênalti perdido foi surpreendente. Jogão de bola, mesmo com o 0 a 0.
Fazendo um paralelo com o futebol jogado em território brasileiro, é fácil perceber que por aqui a história é diferente. Faltas, cartões pra tudo que é lado, árbitros despreparados, jogadores desleais e técnicos sem visão de jogo. Até o São Paulo, referência internacional de que pra se ter um grande time não precisa gastar tanto assim, desandou e perdeu a inspiração de antes. Por isso, o líder de tantas conquistas, Muricy Ramalho, está ameaçado de perder o cargo se for eliminado da Libertadores hoje. No mínimo, injusto.
No meio desse deserto, só vislumbro um oásis. Contudo, esse paraíso no meio do inferno fala espanhol. Com um futebol malandro, habilidoso e com a dose certa da influência do futebol latino, Valdívia é, sem dúvida, motivo suficiente para se assistir um jogo de futebol. Até as provocações com os adversários são hilárias. Que se danem críticos e a CBF, que falam mal da zombaria alheia e proibiram o lado mais simpático do Créu. O verdadeiro motivo dos "atos hostis" e "agressões" julgados pelo STJD não são as provocações, mas o desejo de dar o revide por parte dos provocados. Enquanto este troco for dado em socos e pontapés ao invés de ser dentro das quatro linhas, o futebol vai perder um pouco da sua graça natural.
Eu quero mais é ver Valdívia jogando bonito e provocando mesmo os adversários. Afinal, que graça teria se o goleador fosse consolar o goleiro depois de cada tento? Viva Valdívia! Viva a luz do fim do túnel, mesmo que ela seja chilena.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
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2 comentários:
o apagão foi conveniente pra quem??
para o sao paulo!! que interesse o palmeiras ia ter em apagar as luzes qdo estava ganhando??
e vc falou certo, valdivia é a luz no fim do tunel! sorte do corinthians que nao encara mais o el mago esse ano!!
abraços
um drible bonito é melhor do que um gol normal.. agora se juntar um drible bonito com um gol bonito..
é só ver os jogos do manchester..
aula de futebol!
quanto a valdivia, ele é um bom jogador mas não é craque, né não danieL?
aehuaeuhaehuae
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