A Romário, eu e toda a minha geração dos vinte e poucos anos deve muito. Não é exagero dizer

Com ele, tive o primeiro orgasmo futebolístico da minha vida, após aquele gol de cabeça na semifinal contra a Suécia no finalzinho da partida. Até o mais famoso gol da carreira de Branco, aquele de falta contra a Holanda, teve a mãozinha do Baixinho. Se ele não sai da frente... Foi a imagem dele erguendo o troféu supremo do futebol que guardei na memória como representando aquela conquista, afinal de contas tinha a impressão que ele poderia entrar em campo sozinho que, mesmo assim, a conquista seria nossa.
De ídolo, Romário passou a algoz dentro do meu imaginário de torcedor. Depois daquele elástico em cima de Amaral foi que constatei de uma vez por todas que o Corinthians era mesmo freguês do Flamengo. Infelizmente, essa constatação perdura até hoje...
Depois de tanta coisa, pode até parecer cruel ter desejado que ele se aposentasse. Mas não é. Ver o maior centroavante que eu já vi dentro de campo fazendo papelões como técnico do Vasco ou virar motivo de piada por causa da sua mobilidade, é duro. Prefiro assisti-lo em especiais na

Em tempos de escassez de ídolos verdadeiros, que suem a camisa de um time pelo simples prazer de jogar bola e não pelo valor monetário que aquele escudo carrega, Romário fará falta. Ver Ronaldo dizer que torce pro Flamengo mas que é difícil que ele venha um dia a jogar pelo clube só confirma a minha tese de que esses novos ídolos do futebol não são ídolos coisa nenhuma. São mercenários. Não que o Baixinho estivesse fora do esquema mercadológico da bola, mas seu talento foi plenamente brasileiro na maior parte do tempo. Ele ama o futebol brasileiro, sobretudo a seleção. Não acredito mais que nenhum jogador nos próximos anos chore após ser cortado dos jogos com a seleção brasileira. Romário foi o último em 1998, e continuará sendo por muito tempo.
Boa sorte ao Baixinho de hoje, que com certeza manterá o futebol em primeiro plano na sua vida, só que agora fora do campo. Ele merecerá todas as nossas reverências seja dentro ou fora do campo.

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